segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Justificativas 'Bíblicas' para divorciar

Justificativas Para Divorciar

Algumas pessoas, estudiosas da Bíblia, afirmam que a Bíblia dá apoio ao divórcio em alguns casos, algumas situações.
Dará mesmo a Bíblia apoio ao divórcio com novo casamento em alguns casos?
Que casos seriam esses em que a Bíblia é invocada como que dando apoio ao Divórcio com direito a novas núpcias?

1º Caso - Adultério do Cônjuge

Os que assim pensam baseiam-se no texto de Mateus, 19: 9, que diz: "Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério]."
Só que a palavra no grego aqui traduzida por "relações sexuais ilícitas" é "Pornéia", sexo antes do casamento, fornicação;   e não adultério, sexo fora do casamento, que no grego é "Moichéia".
“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros [Pornos] e adúlteros [Moichos].” – Hebreus, 13: 4.
“Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios [Moichéia], prostituição [Pornéia], furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” – Mateus, 15: 19.
“Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros [Pornos], nem os idólatras, nem os adúlteros [Moichos], nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” – 1ª Coríntios, 6: 9 e 10.
“Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza [Pornéia, o pecado dos solteiros], cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido.” – 1ª Coríntios, 7: 1 e 2.

2º Caso – Foi no Tempo da Ignorância



Os que defendem esta maneira de pensar baseiam-se no texto de Atos dos Apóstolos, 17: 30 parte a, onde diz que "não levou Deus em conta os tempos da ignorância."
 Os tais se esquecem de ler ao menos todo o versículo e ainda o seguinte, que refutam claramente esta maneira de pensar.   "Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos." - Atos dos Apóstolos, 17: 30 e 31.
O contexto anterior de Atos dos Apóstolos, 17: 30 e 31 fala de pessoas envolvidas com a idolatria, e que precisariam portanto abandoná-la. Por que será então que os que estiverem envolvidos com o adultério (Divórcio com 2º Casamento), que também é pecado, não precisam abandoná-lo?
Para que então Deus usaria seu profeta João Batista para cobrar duramente de Herodes, um rei ímpio, a fim de que ele abandonasse a mulher de seu irmão Filipe, sua cunhada?  Pois Herodes estava ainda "no tempo da ignorância"!
Por que também o próprio Jesus mandou que a mulher samaritana fosse e chamasse seu marido (sendo que ela tivera cinco maridos), mas o que vivia agora com ela não era seu marido? E Jesus bem conhecia os fatos. Ela também vivia "no tempo da ignorância." - João, 4: 16 a 18.
Se Deus não perdoasse o tempo da ignorância, quem se salvaria? Porém, necessário é o arrependimento e a conversão: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.” - Atos, 3: 19.   
Paulo fala sobre o seu caso, como teve perdoado seu tempo da ignorância. “Dou graças àquele que me fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu ministério, ainda que outrora eu era blasfemador, perseguidor, e injuriador; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade;” – 1ª Timóteo, 1: 12 e 13.


3º Caso – Não foi Deus Quem Ajuntou Meu Casamento.

Os que assim pensam baseiam-se no texto de Mateus, 19: 4 a 6, que diz: "Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher,tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem."
Vale ressaltar que a expressão o que Deus ajuntou não significa garantia no casamento de amor, felicidade, alegria, harmonia, fidelidade ou isenção de problemas! 
Observemos o contexto em que tais palavras foram ditas. Quando Jesus falou "o que Deus ajuntou não separe o homem", ele estava mostrando a base do casamento: Duas pessoas livres tornando-se uma só carne. Deixou pai e mãe e se uniu a sua mulher.
Deus ajunta pessoas assim, livres, solteiras ou viúvas, e que se tornam uma só carne com o cônjuge. Isso o homem não pode separar, porque foi Deus quem ajuntou!

Alguns Textos Bíblicos Importantes.
"Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher."   -  1ª Coríntios, 7: 10 e 11.
"Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias." - Romanos, 7: 2 e 3.
"E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério." - Marcos, 10: 11 e 12.

4º Caso – Cônjuge Descrente Que Vier a se Apartar.

Aos mais digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela. E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não se separe dele. Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher, e a mulher incrédula é santificada pelo marido crente; de outro modo, os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos. Mas, se o incrédulo se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou a irmã, não está sujeito à servidão; pois Deus nos chamou em paz.” – 1ª Coríntios, 7: 12 a 15.
Os que assim pensam se baseiam no texto de 1ª Coríntios, 7: 15, que diz: "Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz."
O Capítulo 7 de 1ª Coríntios registra respostas do apóstolo Paulo àquela Igreja a questões sobre o casamento. “Quanto ao que me escrevestes ...”   –  1ª Coríntios, 7: 1.
Podemos observar claramente Paulo se dirigindo a certos grupos de pessoas dentro da Igreja, os quais ele classificou assim: Paulo fala, portanto:
1)  Aos solteiros  e viúvos - Versículos 8 e 9;
2)  Aos casadosVersículos 10 e 11;
3)  Ao grupo que ele chamou de "Aos mais" - Versículos 12 a 16.
Solteiros e viúvos são os que estão livres para casar. Os casados são aqueles que se uniram em matrimônio diante das autoridades constituídas.
 QUEM ERA, PORTANTO, ESSE GRUPO DENOMINADO PELO APÓSTOLO PAULO DE: "AOS MAIS"?
 Os casados em jugo desigual simplesmente não poderiam ser, tendo em vista que Paulo coloca a condicional dentro desse grupo: "... SE algum irmão tem mulher incrédula, ...".
Você sabe responder? Quem é que não é solteiro, nem viúvo, nem mesmo casado, porém tem mulher ou marido?!  Quem são esses? São os que são amasiados!
E de que situação Paulo está tratando àquela altura?  Alguém que vive amasiado aceita a Jesus como seu Salvador, criando assim uma situação de jugo desigual no seu relacionamento.
Qual o conselho que deve ser dado? Se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos nem o irmão, nem a irmã, ficam sujeito à servidão, visto que não são casados. Se, todavia, o descrente quiser permanecer, aceitando assim a nova fé do companheiro, devem regularizar a situação conjugal através de casamento, se ambos forem livres.
Com a decisão de um dos companheiros em aceitar Jesus, o outro é santificado no convívio e, agora, os filhos são santos. - 1ª Coríntios, 7: 14.

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Pastor Sebastião Cancio Pereira Soares – Abril 2009


A Doutrina do Divórcio

O Divórcio
Em nossos dias, alguns têm entendido, pela Bíblia, que Deus permitiu o divórcio no diálogo de Jesus com alguns Fariseus, em Mateus, 19: 3 a 12.  Leia agora na sua Bíblia este texto.
Terá mesmo o Senhor Jesus permitido o Divórcio, tal como fez Moisés sob a Lei? Só mesmo analisando as Escrituras, comparando Escritura com Escritura, é que poderemos chegar à verdade.
Naqueles dias, duas correntes de pensamento dividiam os Fariseus no seu modo de pensar acerca do divórcio.  1) Os seguidores de Hillel permitiam ao homem servir-se de qualquer pretexto para o divórcio.  2) Enquanto que os seguidores de Shammai afirmavam que só se podia admitir o divórcio em caso de adultério.
Contudo, ao responder aos Fariseus da maneira como fez, Jesus voltou ao princípio de tudo (você percebeu ao ler o texto?), fazendo-os recordar o propósito divino quando da instituição do casamento, lá no princípio de tudo.
"Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? ... De modo que já não são mais dois, porém uma só carne.   Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem." -  Mateus, 19: 3 a 6.
VOCÊ OBSERVOU?!  Deus fez homem e mulher, no singular. Não fez um homem e duas mulheres; nem dois homens e uma mulher. E disse: "... tornando-se os dois uma só carne."
O homem deixa pai e mãe, (não deixa mulher e filhos); ou seja, é solteiro, é livre, e se une a sua mulher (não a uma mulher abandonada, repudiada por outro homem).
Agora os dois, que eram solteiros, livres e desimpedidos, unidos em matrimônio, tornam-se ambos uma só carne  -  Mateus, 19: 5.     Deus não os vê mais como dois, porém uma só carne - Mateus, 19: 6.
Parece tão claro o ensinamento de Jesus!    Porém, os Fariseus que foram até Jesus para experimentá-lo, prosseguiram com a conversa não se dando por satisfeitos.   E agora, os Fariseus, citando as Escrituras, a Palavra de Deus, levantaram outra questão:  Por que Moisés, o grande legislador de Israel, mandou dar carta de divórcio e repudiar a mulher? - Mateus, 19: 7.


Jesus, mais uma vez, volta ao princípio, ao propósito de Deus com o casamento lá na Criação.  E ainda acrescenta que Moisés permitiu o divórcio devido à dureza de coração dos homens que eram favoráveis ao divórcio - Mateus, 19: 8.
Nesse ponto do diálogo com os Fariseus, Jesus abre a boca como Filho de Deus e passa a legislar sobre o assunto, afirmando: "Eu, porém, vos digo."   E o que foi que Ele disse?
Não posso negar que Jesus permitiu, através de uma exceção, a separação com novo casamento. Mas que exceção foi essa? O que foi que Ele disse que provocou nos seus próprios discípulos uma aversão, uma reação contrária ao casamento?  -  Mateus, 19: 9 e 10.
A palavra dita por Jesus no original é a palavra grega "Pornéia". Contudo, umas Bíblias em português traduzem esta palavra como adultério; outras, por prostituição; e ainda outras, por relações sexuais ilícitas; e há Bíblias ainda que a traduzem por fornicação.
"Pornéia" fala de pecado anterior ao casamento, fornicação;  enquanto que "moichéia" fala de pecado posterior ao casamento, adultério.   Em outras palavras, aquele que é solteiro comete fornicação, pornéia; enquanto que o que é casado comete moichéia, adultério.
Se formos traduzir por adultério a palavra dita por Jesus, equivale a dizer que, quem estiver "cansado" do seu cônjuge, basta adulterar contra ele, e pronto!  Estaria, assim, livre para contrair novas núpcias, sem contudo se tornar um adúltero (a)  – Leia agora Mateus, 5: 32.   O texto de Mateus, 5: 32 ficaria então assim:  "...qualquer que repudiar sua mulher a expõe a tornar-se adúltera, a menos que ela tenha adulterado. ..."
O apóstolo Paulo faz uma pergunta muito interessante: “Acaso Cristo é Ministro do pecado? Certo que não!”  - Gálatas, 2: 17 parte b.   Porque se o adultério abre porta para um novo casamento, sendo ainda o cônjuge vivo, então Cristo é Ministro do pecado! E sabemos que Cristo não é Ministro do pecado. E que o homem do pecado é, sim, o Anticristo!
A Lei de Moisés previa o caso da recém-casada não ser achada virgem na noite de núpcias.  Nesse hipótese ela seria apedrejada, e o marido, conseqüentemente, ficaria livre para casar de novo, depois da morte dela – Leia agora Deuteronômio, 22: 20 e 21

Todavia, sabemos muito bem que no tempo da graça não há lugar para o apedrejamento:  "... quem não tiver pecado, atire a primeira pedra." - João, 8: 7 parte b.
Sendo assim, somente por causa de "pornéia", ou seja, fornicação, falta de castidade, sexo antes do casamento, o casamento poderá ser dissolvido, sem necessidade de apedrejar a esposa que não foi achada virgem nas núpcias.
Porém, caso a moça fosse achada virgem, o marido não poderia mandá-la embora por toda a sua vida - Leia Deuteronômio, 22: 13 a 19.
Os discípulos de Jesus, que ouviram da boca do próprio Cristo sua palavra sobre esta questão, acharam melhor ficar sem casar. Porém Jesus respondeu que nem todos estão aptos para receber este conceito, apenas quem nasce com este dom - Leia Mateus, 19: 11 e 1ª Coríntios, 7: 7.
Contudo, se a questão em foco é a entrada no Reino dos Céus, se preciso for, o homem deve mesmo é se fazer de eunuco, ou seja, não casar de novo, se vier a se separar  -  Leia agora Mateus, 19: 12   e   1ª Coríntios, 7: 10 e 11.
No Brasil não havia o divórcio. E por isso os pastores não colocavam em comunhão uma pessoa desquitada que vivesse com outra pessoa. A lei do país mudou. Sim, é verdade!  Mas Jesus disse: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão." – Mateus, 24: 35.

Outros textos bíblicos que precisam ser consultados:
Mateus, 5: 32;    Marcos, 10: 11 e 12;
Lucas, 16: 18;    Romanos, 7: 2 e 3;
1ª Coríntios, 7: 1 e 2;    1ª Coríntios, 7: 10 e 11;
1ª Coríntios, 7: 39;    Malaquias, 2: 16.

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Pastor Sebastião Cancio Pereira Soares – Abril 2009