segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A Doutrina do Divórcio

O Divórcio
Em nossos dias, alguns têm entendido, pela Bíblia, que Deus permitiu o divórcio no diálogo de Jesus com alguns Fariseus, em Mateus, 19: 3 a 12.  Leia agora na sua Bíblia este texto.
Terá mesmo o Senhor Jesus permitido o Divórcio, tal como fez Moisés sob a Lei? Só mesmo analisando as Escrituras, comparando Escritura com Escritura, é que poderemos chegar à verdade.
Naqueles dias, duas correntes de pensamento dividiam os Fariseus no seu modo de pensar acerca do divórcio.  1) Os seguidores de Hillel permitiam ao homem servir-se de qualquer pretexto para o divórcio.  2) Enquanto que os seguidores de Shammai afirmavam que só se podia admitir o divórcio em caso de adultério.
Contudo, ao responder aos Fariseus da maneira como fez, Jesus voltou ao princípio de tudo (você percebeu ao ler o texto?), fazendo-os recordar o propósito divino quando da instituição do casamento, lá no princípio de tudo.
"Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? ... De modo que já não são mais dois, porém uma só carne.   Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem." -  Mateus, 19: 3 a 6.
VOCÊ OBSERVOU?!  Deus fez homem e mulher, no singular. Não fez um homem e duas mulheres; nem dois homens e uma mulher. E disse: "... tornando-se os dois uma só carne."
O homem deixa pai e mãe, (não deixa mulher e filhos); ou seja, é solteiro, é livre, e se une a sua mulher (não a uma mulher abandonada, repudiada por outro homem).
Agora os dois, que eram solteiros, livres e desimpedidos, unidos em matrimônio, tornam-se ambos uma só carne  -  Mateus, 19: 5.     Deus não os vê mais como dois, porém uma só carne - Mateus, 19: 6.
Parece tão claro o ensinamento de Jesus!    Porém, os Fariseus que foram até Jesus para experimentá-lo, prosseguiram com a conversa não se dando por satisfeitos.   E agora, os Fariseus, citando as Escrituras, a Palavra de Deus, levantaram outra questão:  Por que Moisés, o grande legislador de Israel, mandou dar carta de divórcio e repudiar a mulher? - Mateus, 19: 7.


Jesus, mais uma vez, volta ao princípio, ao propósito de Deus com o casamento lá na Criação.  E ainda acrescenta que Moisés permitiu o divórcio devido à dureza de coração dos homens que eram favoráveis ao divórcio - Mateus, 19: 8.
Nesse ponto do diálogo com os Fariseus, Jesus abre a boca como Filho de Deus e passa a legislar sobre o assunto, afirmando: "Eu, porém, vos digo."   E o que foi que Ele disse?
Não posso negar que Jesus permitiu, através de uma exceção, a separação com novo casamento. Mas que exceção foi essa? O que foi que Ele disse que provocou nos seus próprios discípulos uma aversão, uma reação contrária ao casamento?  -  Mateus, 19: 9 e 10.
A palavra dita por Jesus no original é a palavra grega "Pornéia". Contudo, umas Bíblias em português traduzem esta palavra como adultério; outras, por prostituição; e ainda outras, por relações sexuais ilícitas; e há Bíblias ainda que a traduzem por fornicação.
"Pornéia" fala de pecado anterior ao casamento, fornicação;  enquanto que "moichéia" fala de pecado posterior ao casamento, adultério.   Em outras palavras, aquele que é solteiro comete fornicação, pornéia; enquanto que o que é casado comete moichéia, adultério.
Se formos traduzir por adultério a palavra dita por Jesus, equivale a dizer que, quem estiver "cansado" do seu cônjuge, basta adulterar contra ele, e pronto!  Estaria, assim, livre para contrair novas núpcias, sem contudo se tornar um adúltero (a)  – Leia agora Mateus, 5: 32.   O texto de Mateus, 5: 32 ficaria então assim:  "...qualquer que repudiar sua mulher a expõe a tornar-se adúltera, a menos que ela tenha adulterado. ..."
O apóstolo Paulo faz uma pergunta muito interessante: “Acaso Cristo é Ministro do pecado? Certo que não!”  - Gálatas, 2: 17 parte b.   Porque se o adultério abre porta para um novo casamento, sendo ainda o cônjuge vivo, então Cristo é Ministro do pecado! E sabemos que Cristo não é Ministro do pecado. E que o homem do pecado é, sim, o Anticristo!
A Lei de Moisés previa o caso da recém-casada não ser achada virgem na noite de núpcias.  Nesse hipótese ela seria apedrejada, e o marido, conseqüentemente, ficaria livre para casar de novo, depois da morte dela – Leia agora Deuteronômio, 22: 20 e 21

Todavia, sabemos muito bem que no tempo da graça não há lugar para o apedrejamento:  "... quem não tiver pecado, atire a primeira pedra." - João, 8: 7 parte b.
Sendo assim, somente por causa de "pornéia", ou seja, fornicação, falta de castidade, sexo antes do casamento, o casamento poderá ser dissolvido, sem necessidade de apedrejar a esposa que não foi achada virgem nas núpcias.
Porém, caso a moça fosse achada virgem, o marido não poderia mandá-la embora por toda a sua vida - Leia Deuteronômio, 22: 13 a 19.
Os discípulos de Jesus, que ouviram da boca do próprio Cristo sua palavra sobre esta questão, acharam melhor ficar sem casar. Porém Jesus respondeu que nem todos estão aptos para receber este conceito, apenas quem nasce com este dom - Leia Mateus, 19: 11 e 1ª Coríntios, 7: 7.
Contudo, se a questão em foco é a entrada no Reino dos Céus, se preciso for, o homem deve mesmo é se fazer de eunuco, ou seja, não casar de novo, se vier a se separar  -  Leia agora Mateus, 19: 12   e   1ª Coríntios, 7: 10 e 11.
No Brasil não havia o divórcio. E por isso os pastores não colocavam em comunhão uma pessoa desquitada que vivesse com outra pessoa. A lei do país mudou. Sim, é verdade!  Mas Jesus disse: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão." – Mateus, 24: 35.

Outros textos bíblicos que precisam ser consultados:
Mateus, 5: 32;    Marcos, 10: 11 e 12;
Lucas, 16: 18;    Romanos, 7: 2 e 3;
1ª Coríntios, 7: 1 e 2;    1ª Coríntios, 7: 10 e 11;
1ª Coríntios, 7: 39;    Malaquias, 2: 16.

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Pastor Sebastião Cancio Pereira Soares – Abril 2009


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