O
Divórcio
Em nossos dias, alguns
têm entendido, pela Bíblia, que Deus permitiu o divórcio no diálogo de Jesus com
alguns Fariseus, em Mateus, 19: 3 a 12. Leia agora na sua Bíblia este texto.
Terá mesmo o Senhor
Jesus permitido o Divórcio, tal como fez Moisés sob a Lei? Só mesmo analisando
as Escrituras, comparando Escritura com Escritura, é que poderemos chegar à
verdade.
Naqueles dias, duas
correntes de pensamento dividiam os Fariseus no seu modo de pensar acerca do
divórcio. 1) Os seguidores de Hillel permitiam ao homem servir-se de qualquer
pretexto para o divórcio. 2) Enquanto que os seguidores de
Shammai afirmavam que só se podia admitir o divórcio em caso de adultério.
Contudo, ao
responder aos Fariseus da maneira como fez, Jesus voltou ao princípio de tudo
(você percebeu ao ler o texto?), fazendo-os recordar o propósito divino quando
da instituição do casamento, lá no princípio de tudo.
"Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e
mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua
mulher, tornando-se os dois uma só carne? ... De modo que já não são mais dois,
porém uma só carne. Portanto, o que
Deus ajuntou não o separe o homem."
- Mateus, 19: 3 a 6.
VOCÊ OBSERVOU?! Deus fez homem e mulher, no singular. Não fez
um homem e duas mulheres; nem dois homens e uma mulher. E disse: "... tornando-se os dois uma só
carne."
O homem deixa pai e
mãe, (não deixa mulher e filhos); ou seja, é solteiro, é livre, e se une a sua
mulher (não a uma mulher abandonada, repudiada por outro homem).
Agora os dois, que
eram solteiros, livres e desimpedidos, unidos em matrimônio, tornam-se ambos uma
só carne - Mateus,
19: 5. Deus não os vê mais como
dois, porém uma só carne - Mateus, 19:
6.
Parece tão claro o
ensinamento de Jesus! Porém, os Fariseus
que foram até Jesus para experimentá-lo, prosseguiram com a conversa não se
dando por satisfeitos. E agora, os
Fariseus, citando as Escrituras, a Palavra de Deus, levantaram outra questão: Por que Moisés, o grande legislador de Israel,
mandou dar carta de divórcio e repudiar a mulher? - Mateus, 19: 7.
Jesus, mais uma
vez, volta ao princípio, ao propósito de Deus com o casamento lá na Criação. E ainda acrescenta que Moisés permitiu o
divórcio devido à dureza de coração
dos homens que eram favoráveis ao divórcio - Mateus, 19: 8.
Nesse ponto do
diálogo com os Fariseus, Jesus abre a boca como Filho de Deus e passa a legislar
sobre o assunto, afirmando: "Eu,
porém, vos digo." E o que foi que Ele
disse?
Não posso negar que
Jesus permitiu, através de uma exceção,
a separação com novo casamento. Mas que
exceção foi essa? O que foi que Ele disse que provocou nos seus próprios
discípulos uma aversão, uma reação contrária ao casamento? - Mateus, 19: 9 e 10.
A palavra dita por
Jesus no original é a palavra grega "Pornéia".
Contudo, umas Bíblias em português traduzem
esta palavra como adultério; outras,
por prostituição; e ainda outras,
por relações sexuais ilícitas; e há
Bíblias ainda que a traduzem por fornicação.
"Pornéia" fala de pecado anterior ao casamento, fornicação; enquanto que "moichéia" fala de pecado posterior ao casamento, adultério.
Em outras palavras, aquele que é solteiro comete fornicação, pornéia; enquanto que o que é casado comete
moichéia, adultério.
Se formos traduzir
por adultério a palavra dita por Jesus, equivale a dizer que, quem estiver "cansado" do seu cônjuge, basta
adulterar contra ele, e pronto! Estaria,
assim, livre para contrair novas núpcias, sem contudo se tornar um adúltero
(a) – Leia agora Mateus, 5: 32. O
texto de Mateus, 5: 32 ficaria então assim:
"...qualquer que
repudiar sua mulher a expõe a tornar-se adúltera, a menos que ela tenha
adulterado. ..."
O apóstolo Paulo
faz uma pergunta muito interessante: “Acaso Cristo é Ministro do pecado?
Certo que não!” - Gálatas, 2: 17 parte b. Porque se o adultério abre porta para um
novo casamento, sendo ainda o cônjuge vivo, então Cristo é Ministro do pecado!
E sabemos que Cristo não é Ministro do pecado. E que o homem do pecado é, sim, o Anticristo!
A Lei de Moisés
previa o caso da recém-casada não ser achada virgem na noite de núpcias. Nesse hipótese ela seria apedrejada, e o
marido, conseqüentemente, ficaria livre para casar de novo, depois da morte
dela – Leia agora Deuteronômio, 22: 20 e
21
Todavia, sabemos
muito bem que no tempo da graça não há lugar para o apedrejamento: "...
quem não tiver pecado, atire a primeira pedra." - João, 8: 7 parte b.
Sendo assim,
somente por causa de "pornéia", ou seja, fornicação, falta de
castidade, sexo antes do casamento, o casamento poderá ser dissolvido, sem
necessidade de apedrejar a esposa que não foi achada virgem nas núpcias.
Porém, caso a moça
fosse achada virgem, o marido não poderia mandá-la embora por toda a sua vida -
Leia Deuteronômio, 22: 13 a 19.
Os discípulos de
Jesus, que ouviram da boca do próprio Cristo sua palavra sobre esta questão,
acharam melhor ficar sem casar. Porém Jesus respondeu que nem todos estão aptos
para receber este conceito, apenas quem nasce com este dom - Leia Mateus, 19: 11 e 1ª Coríntios, 7: 7.
Contudo, se a
questão em foco é a entrada no Reino
dos Céus, se preciso for, o homem deve mesmo é se fazer de eunuco, ou
seja, não casar de novo, se vier a se separar - Leia agora Mateus, 19: 12 e 1ª
Coríntios, 7: 10 e 11.
No Brasil não havia
o divórcio. E por isso os pastores não colocavam em comunhão uma pessoa
desquitada que vivesse com outra pessoa. A lei do país mudou. Sim, é
verdade! Mas Jesus disse: “Passará o céu
e a terra, porém as minhas palavras não passarão." – Mateus, 24: 35.
Outros textos bíblicos que
precisam ser consultados:
Mateus, 5: 32;
Marcos, 10: 11 e 12;
Lucas, 16: 18;
Romanos, 7: 2 e 3;
1ª Coríntios, 7: 1 e 2;
1ª Coríntios, 7: 10 e 11;
1ª Coríntios, 7: 39;
Malaquias, 2: 16.
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